A sátira na poesia realista portuguesa

  1. Carlos Nogueira
Revista:
Mélanges de la Casa de Velázquez

ISSN: 0076-230X

Ano de publicación: 2021

Número: 51

Páxinas: 225-244

Tipo: Artigo

DOI: 10.4000/MCV.14291 DIALNET GOOGLE SCHOLAR lock_openAcceso aberto editor

Outras publicacións en: Mélanges de la Casa de Velázquez

Resumo

With the Odes Modernas (1865; 2.nd ed., revised and enlarged, 1875) by Antero de Quental and the Visão dos Tempos (1864) and Tempestades Sonoras (1864) by Teófilo Braga, the so-called Portuguese realist school was inaugurated. This was, in other words, the third period of Romanticism (of the social type, in the style of Hugo and Michelet), whose concept of poetry continued the enterprise of the first generation of Portuguese romantics. This concept involves the attribution to literature of a superior ethical, instructive and progressive function, and of a social, ideological, political and philosophical commitment. In this article I show how satirical poetry, or poetry with satirical tones, from some of the most important Portuguese poets of the mid-nineteenth century, pursues this goal of moralizing customs. I approach authors whose works, although well or reasonably well known, have been little studied in terms of satire, namely Antero de Quental, Guilherme de Azevedo, Bulhão Pato and João de Deus.

Referencias bibliográficas

  • Azevedo, Guilherme de, A alma nova, introdução e notas de Manuel Simões, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1981 [1.ª ed., Coimbra, 1874].
  • Deus, João de, Campo de flores. Poesias líricas completas, coord. sob as vistas do autor por Teófilo Braga, 5.ª ed. – ne varietur, Paris – Lisboa – Rio de Janeiro, Livrarias Aillaud e Bertrand – Livraria Francisco Alves, s. d. [1.ª ed., s.l., 1893], t. II.
  • Pato, Bulhão, A dança judenga: sátira, Lisboa, Tipografia da Academia, 1901.
  • Pato, Bulhão, Cantos e sátiras, Lisboa, Rolland & Semiond, 1873.
  • Pato, Bulhão, Hoje: sátiras, canções e idílios, Lisboa, Tipografia da Academia Real das Ciências, 1888.
  • Pato, Bulhão, Lázaro cônsul, Lisboa, Tipografia da Academia Real das Ciências, 1889.
  • Pato, Bulhão, Livro do monte: geórgicas, líricas, Lisboa, Tipografia da Academia 1896.
  • Pato, Bulhão, Paquita, Lisboa, Tipografia Franco-Portuguesa, 1866.
  • Quental, Antero de, Odes modernas, prefácio de Pedro Alvim, Lisboa, Vega, 1994 [1.ª ed., Coimbra, 1865].
  • Quental, Antero de, Sonetos, edição organizada, prefaciada e anotada por António Sérgio, 6.ª ed., Lisboa, Livraria Sá da Costa Editora, 1979 [1.ª ed., Coimbra, 1861].
  • Mourão-Ferreira, David (1992), «A propósito de João de Deus», Tópicos recuperados. Sobre a crítica e outros ensaios, Lisboa, Editorial Caminho.
  • Nemésio, Vitorino (2000), «Bulhão Pato e os sábados da Ajuda», em Id., Ondas médias. Biografia e literatura, prefácio de Maria Idalina Resina Rodrigues, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda [1.ª ed., Lisboa, 1945], pp. 9-35.
  • Nemésio, Vitorino (1995), «O erotismo de João de Deus», em Id., Sob os signos de agora, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, pp. 59-81.
  • Nogueira, Carlos (2012), «A poesia portuguesa erótica e satírica do século xviii: do Abade de Jazente a Bocage e a Lobo de Carvalho», Luso-Brazilian Review, 49 (2), pp. 172-187.
  • Sá, Maria das Graças Moreira de (1986), Guilherme de Azevedo na Geração de 70, Lisboa, Instituto de Cultura e Língua Portuguesa.